t   e   m   p   o   s    d   e    r   e   d   e   n   ç   ã   o

e??t???l??e       - tudo que fui sonho e de tudo que não fui. -
 s??o?t?a??d      - sabes que nada era e quero mais um pouco. -
  p?????????a     - diagramação do pós-diagramação? tudo fui. -
   e?????????d    - tudo fui tudo fui tudo fui tudo fui tudo? -
    c?u?l?a?r?i   - sim, é bela proteção para toda a família. -

.................in.t  r . o    d  .  u      ç   .   ã        o

facilite a crença de viagem no tempo.     salvaçãoãçavlas  eu 
olbers achou que o céu não mudava, a      do..tododot..od   não
teoria do big bang provou(?) que mudava,  enquantotnauqne  tu
mas era finito. a física quântica diz     és..nadadan..sé   sim
foda-se a finitude. abstração? nah.       vai.tudodut.iav  te
crença total no inexato convencionado?    é.e.ficacif.e.é   oãs
tudo é o caminho. tudo. fui?              soluçõeseõçulos  mim

................... w a r f a r e .............................

b r i n c a n d o   d e   p o e t a   d e p r e s s i v o   o n
        p r o z a c   o u v i n d o   n o e l   r o s a

os instrumentos para o bem comum surgem em bares
não quero nada, mas sei que os amanhãs prosperam
sufoca-me, enche minha boca com o teu escarro
a alegria foi a minha única companheira
o castrado desejo de partir só alimenta minha dor
fodam-me com o sucesso inato de amores alheios
de beijos que sempre tive e de abraços que nunca quis

aqui padeço lentamente, pelos céus abençoado
celebrado pelo uivar de cães sarnentos
em rigor mortis, prostrado

que o solo me abrace com o força que tive
que o soluço feminino forme meu samba necrótico,
que os vermes modelem minha estética profana

nasci fatalidade, entregue ao nada
arranque meus olhos, estupra a minha alma
aborta este feto divino do ventre da desgraça
e cante mais um samba, só mais um

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d o w n b e l o w t h e n i n e s e r g i o d i m e n s i o n s
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E Átila vociferou:
- Tamanha inscícia é a tua, crês em Descartes e és cético
  perante o poderio do pensamento.
- Mas veja com certa clinicidade, - disse Castro - já que o
  pensamento não é existência em si, somente a sua observação.
- Então por qual motivo os loucos agem sem quaisquer escrúpulos,
  segundo a moral e verdade inovadoras e pouco se importando 
  com os preceitos da convivência em sociedade? Imagine, alguns
  acreditam piamente que somos adversários de um princípio e 
  que merecemos morrem, se a eles somos assim e eles crêem com
  tanta fé em tal verdade, quem há para dissuadi-los?
- O exemplo falha pela proporção. Afinal são numerosos os que
  pensam como nós, só podemos estar corretos.
- Bem, suponha uma guerra entre dois países, ambos estão a 
  reclamar o que lhe parece ser de direito, vamos supor, 
  um pequeno pedaço de terra a dividir os países. Se tu não 
  acreditas em verdades divergentes, concluo que pensas que em
  toda e qualquer guerra sempre há um oponente com objetivos 
  justos e os objetivos do outro não o são tanto assim.
- É fato... - Castro relutava em concordar.
- E mesmo muitas guerras começaram pelas mãos de comandantes 
  que, mesmo estando errados aos olhos alheios, promoveram 
  massacres em prol de uma segunda verdade.
- No caso não é uma segunda verdade, e sim uma primeira 
  mentira.
- Mil vezes não. O grande ponto de atrito é que nós, homens, 
  somos eternamente projetos de semi-deuses e nunca nos damos 
  o benefício da dúvida. O que acompanha a maioria sempre é 
  verdade nesses olhos miseráveis. A teimosia que mostras em
  aceitar a multidimensionalidade do que é real é tão patética
  quanto a insistência que o clero teve em esmagar Galilei.
- Me passa a bola, discutimos isso depois.

p        o   .   s      t  .  l    u . d  i.um.................

músicas que me divertiram enquanto criava esse textinho mimoso.

macabre - the green river murderer (he's still out there)
 the dillinger escape plan - sandbox magician
  immortal - tragedies blows at horizons
   ...and oceans - baby blue doll
    korova - europa in flammen
     slipknot - confessions
      katatonia - gone
       war - satan